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Quem ama o que faz, engorda o lucro da empresa e cresce!

A paixão pelo trabalho traz lucros. Isso é o que um crescente número de pesquisas tem apontado, ou seja uma cultura organizacional que inspira paixão resulta em um melhor serviço ao cliente, mais lucro e maior valor para os acionistas.

A ênfase na forte relação que existe entre a gestão do capital humano e a receita da empresa atraiu a atenção de executivos de outras áreas, além do departamento de Recursos Humanos. Uma vez que foi possível notar a relação entre funcionários altamente motivados e a performance financeira da empresa, muitos executivos e gerentes querem descobrir como instigar paixão em seus funcionários.

"Os funcionários engajados, geralmente, recebem a afirmação de que são seres humanos que trabalham com amigos em uma comunidade", nota Michael Echols, vice-presidente de iniciativas estratégias da Bellevue University e autor de Competitive Advantage from Human Capital Investments (Vantagem Competitiva a partir de Investimentos em Capital Humano - ainda sem tradução para o Português).

Jennifer Rosenzweig, diretora de práticas globais para funcionários, do Carlson Marketing Worldwide, acrescenta que a paixão não é sustentável sem um suporte da empresa. "O engajamento positivo significa que você tem uma cultura vibrante e saudável, em que as pessoas trazem o melhor de si para o trabalho, todos os dias", diz ela.

O apoio necessário para manter uma cultura favorável aos funcionários é uma prioridade no SAS Institute, empresa que está quase no topo da lista das melhores empresas para se trabalhar, segundo o ranking da Fortune.

Antes de entrar na maior empresa privada de software do mundo, há quatro anos, Rob Taylor, gerente de software da SAS, trabalhou em uma empresa com uma cultura organizacional típica: os funcionários costumavam evitar solicitações para ajudar outros colegas, por estarem atarefados, mesmo que a solicitação de assistência fosse relacionada a questões de clientes.

Na SAS, Taylor tem a oportunidade de interagir regularmente com um grande número de funcionários também em situações informais, como na academia de ginástica da empresa, quando vai deixar seu filho na escola infantil da companhia, nas partidas de futebol do horário de almoço, nos eventos sociais da empresa e até mesmo no café que o CEO promove duas vezes por mês.

"Todas essas interações incentivam relacionamentos pessoais com outros funcionários", explica Taylor. "Assim, quando recebo o telefonema de alguém me solicitando ajuda, não preciso ficar imaginando quem é essa pessoa. Em vez disso, me lembro "ele estava na academia comigo outro dia".

Taylor enfatiza que, dessa maneira, ele se sente muito mais inclinado a separar algum tempo em sua agenda para colaborar com um funcionário que precise de suporte técnico para resolver o problema de algum cliente.

O investimento realizado para manter a paixão dos funcionários pelo trabalho está dando retorno para a SAS. Enquanto no setor de software a taxa de turnover (rotatividade de funcionários) é estimada em torno de 15% a 20%, o turnover da SAS nunca passou de 5%.

Os resultados de investir nos funcionários vão além do aumento da satisfação do cliente e da diminuição do turnover. Pesquisas apontam que os investidores acreditam na importância de culturas corporativas saudáveis.

Em outras palavras, empresas que cultivam a paixão pelo trabalho em seus funcionários podem atrair mais investimentos, e aumentar o valor de suas ações.

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